domingo, 28 de outubro de 2012

CRONICA DE UM AMOR FORA DAS PISTAS

Quando disseste para que eu pisasse no freio senão iria te atropelar ou achar o muro, mais uma vez percebi que as vezes ultrapasso os limites, e que tu tentas me proteger mostrando a "bandeira amarela". Quando eu entrei, por minha vontade, nessa "corrida", já sabia que não seria uma disputa, pois já havia uma "pole position" definida. Um piloto "hours concours". Já havia uma "bandeira azul" dando sinal da minha condição. E exercer o comando de teu coração seria uma posição que eu jamais conquistaria. Pista molhada, com obstáculos, um piloto com a vitória definida há muito tempo...enfim eu teria todos os motivos do mundo para parar de correr, poderia me recolher ao meu "box", poderia apenas ser um espectadora, ou nem isso, mas percebi que não quero abandonar as pistas, não agora, pelo menos. Mesmo que a "bandeira vermelha/amarela" esteja sempre hasteada. Acho que sou como um "Rubinho Barrichello", que não ganha nunca, não tem um carro competitivo, mas é apaixonado pelo que faz, é teimoso, não quer saber de parar, nem pensa em desistir, mesmo que as vezes nem complete todo o percurso. Mas ele está lá, nas fileiras de trás, firme! Porém, chegará o dia que terei que parar, recolher-me ao box definitivamente. Chegará o dia que aparecerá a "bandeira preta" e logo será substituída pela "bandeira quadriculada". E nesse dia, espero, que eu possa ser para ti um "Ayrton Senna", que já não corre mais, mas que estará sempre em tua lembrança, e por que não, em teu coração! E tu sempre serás "meu Grande Prêmio", que mesmo não conquistado, me trouxe as mais belas emoções, soprou os ventos mais acalentados, mostrou-me os caminhos mais intensos que eu poderia percorrer! Espero que possamos ainda desfrutar de muitas emoções ao longo das pistas que ainda percorreremos, juntos ou não!

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