terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A ARTE DE PERDER

“A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério. “
(Elisabeth Bishop)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

COMO ÁGUIA!

A gente tem que saber a hora de parar...ou recuar...ou desistir...!
A vida dá sinais! As pessoas dão sinais! É preciso um mínimo de sensibilidade e inteligência pra perceber!
As águias sabem disso. Sabem quando tem que optar entre morrer ou se isolar para voltarem renovadas. Por que eu não haveria de saber?
Preciso desse tempo...só sinto não ter asas pra poder voar para uma montanha bem alta e bem afastada de tudo e de todos...mas pensando bem, de que adiantaria ir tão longe, se os meus demônios estão aqui, dentro de mim!